terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Que professor queremos ser?

No IX Fórum Pedagógico da Bahiana, realizado em agosto de 2013, os professores da escola deram uma aula sobre o verdadeiro sentido de educar e ensinar. Para nossos colegas, devemos buscar ser um professor que...

... saiba conviver com a inquietude de quem quer aprender, inclusive com a sua própria e seja capaz de aprender com o movimento da vida, onde o planejamento é sempre flexível e estratégico;

... possa conviver com os princípios da organização necessários a cada ação que precisa planejar. Saiba incluir simplicidade, respeito, compromisso e cuidado consigo mesmo e com o outro;

... seja ético, que trata a todos com justiça. Que tenha otimismo, alegria, bom humor e jovialidade. Um mediador, flexível e capaz de reconhecer dons, qualidades e dificuldades; 

... possua uma crença, seja na espiritualidade, seja em si mesmo, seja na vida que se renova em cada busca de conhecimento de um aprendiz ou de um mestre;

... oferte apoio, segurança, sensibilidade. Releve amizade e autoconhecimento. Inspire confiança, coragem e determinação. Sustente a disciplina, mas acompanhe com dedicação e solidariedade, para socializar saberes e sabores, um tradutor da ciência, capaz de estimular a busca de uma visão global e interdisciplinar, integrada, do campo da saúde, que revela a vida;

... saiba encantar, que ensine com afeto, estimulando o desejo de aprender e despertando o melhor do outro ao dar o melhor de si;

... acredite na possibilidade e no potencial que o aprendiz traz.

... tenha um olhar individualizado, seja capaz de enxergar as diferenças e acolher a diversidade, capaz de oferecer a cada um de acordo com sua necessidade, sua fome ou sede de saber;

... seja criativo, com coragem para criar, capaz de assumir o desafio de se envolver, de enfrentar o desconhecido em si, o desconhecido no outro, o desconhecido no conhecimento;

... seja capaz de conviver com o vazio criativo, com a angústia criativa, antessala para a construção de novos conhecimentos;

... compreenda que, para educar, é preciso ter prazer e fé, alegria em compartilhar, entusiasmo, vontade, amor e paixão.

Alguém que sinta orgulho de sua contribuição e seja inspiração aos que precisam criar para si mesmos, uma referência, um modelo de vida que, de tão vasto, estimule o aprendiz a superar o mestre.


Um educador, um orientador, capaz de olhar para o passado e para o futuro, de acolher, de viver o encontro, com reciprocidade, com a entrega de quem é capaz de construir em parceria com o outro.

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